terça-feira, 28 de julho de 2009

Conferencia se reúne em nova Matriz


Depois de 37 anos Conferência se reúne na nova Matriz

Foi no dia 22 de Janeiro de 1970 a primeira reunião da Conferencia São João Batista na nova igreja Matriz de Votorantim. Depois de 37 anos de fundação a Unidade Vicentina pisava em um novo Solo Sagrado. A Reunião aconteceu às 19h contando com a presença dos Confrades: Olério Boscariol, Diógenes Telles de Campos Salles, Humberto Della Pache, Pedro Ferreira de Mello e José Lemos de Souza. Os aspirantes Antonio, Aldo, Antonio R.da Silva e o assistido Paulo Aleixo.

A Serviço da Causa Vicentina

Padre Mizaél, da Congregação da Missão, tem intimidade com os Vicentinos, os quer bem e zela pela amizade, pela família – como Ozanam. É admirável sua simplicidade e sua disponibilidade para colaborar na formação da Família Vicentina ao conduzir palestras em encontros e retiros; é zeloso na celebração das Missas; profundo em seus artigos e ensinamentos; aliás, faz “milagres” com seu tempo para manter a pontualidade entre tantos compromissos. Dedica boas horas do dia – e da noite –à leitura e à reflexão. É assessor espiritual do Conselho Metropolitano de São Paulo e membro da Coordenação Nacional da Família Vicentina. É Paranaense de Mandaguari e nasceu em 2 de Novembro de 1955. ordenado em Indianápolis (PR), em 19 de Dezembro de 1981, formou-se em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, com especialização em Sociologia e Desenvolvimento, e fez Mestrado em Sociologia pela Universidade de Lovaina, Bélgica. Em Dezembro de 2006, pe. Mizaél completou 25 anos de ordenação sacerdotal na Congregação da Missão. Que Deus o conserve assim: amigo, disponível, simples, estudioso, um ótimo ouvinte!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Estaçãozinha

Ali se chegava.
O primeiro contato com Votorantim era ali na estaçãozinha, por onde passavam diariamente 22 bondinhos que faziam a ligação com Sorocaba e com Santa Helena.
Era um lugar de movimento constante de pessoas, e quem chegava já podia perceber que todos se conheciam, e logo se sentia envolvido em um ambiente de camaradagem e de amizade.
Era o centro de convivência de Votorantim, onde quase tudo acontecia.
A fábrica estava ali e o cinema também: o Jardim Bolacha e o açougue; o cartório e a igreja; a delegacia de polícia e o bar do Arcuri; o coreto e o correio; a banda de jornal do Chico e a barraca de salgadinhos da Baiana.
Ali também se reuniam os primeiros Vicentinos de Votorantim
Dali se partia.
A trabalho, o mais freqüente, ou a passeio, nos fins de semana, era sempre bom viajar nos bondinhos: os encarregados eram atenciosos e eficientes e o clima era de descontração e amigável.
Só não ligava pra esses detalhes quem ia fazer uma viagem maior: os sepultamentos eram feitos em Sorocaba e um carro fúnebre especial era engatado ao bondinho nessas ocasiões.
A estaçãozinha era o coração pulsante desse antigo centro de Votorantim. Mas o progresso não a poupou, nem a esse centro. Em 1966 foi interrompido o transporte de passageiros pelos bondinhos, desativando a estação. Em 1979, junto com outros prédios vizinhos, a estaçãozinha foi demolida.
E virou fotografia que, às vezes, sai nos jornais.

Catarina Labouré é beatificada

Catarina Labouré (pronuncia-se “Laburê”) nasceu em Fains-les-Moutiers, a dois de maio de 1806 e entrou para a Companhia das Filhas da Caridade, em Paris, a 21 de abril de 1930. Favorecida com as aparições de Virgem Imaculada e com muitos dons sobrenaturais, viveu modestamente na humildade e no silêncio de seu devotamento ao serviço dos pobres. Faleceu santamente no dia 31 de dezembro de 1876. Beatificada a 28 de maio de 1933, foi canonizada a 27 de julho de 1947. Celebração litúrgica: 28 de novembro.

A Festa Junina de Votorantim

Os relatos mais antigos indicam que o evento começou a ser realizado em forma de quermesse em meados dos anos 20, com o surgimento da Paróquia São João Batista. Primeiro havia a procissão comandada pelo Padre José Zanolla, que percorria os bairros da Chave e Barra Funda. Após a missa, circundando a pequena igreja, oito barraquinhas começavam a atender os visitantes com muitas guloseimas. A imagem de São João, o santo padroeiro, era colocada num enorme mastro ficando às margens do rio e no meio de uma grande estrela. Com a organização dos fiéis e a colaboração das esposas dos funcionários da fábrica de tecidos da Votorantim, foi realizada uma semana repleta de festividades, inclusive barracas de comes e bebes feitas de bambu e eucaliptos armadas em frente a própria fábrica, tablado para bailes e um pequeno parque de diversões. Pereira Ignácio deu toda cobertura para realização dessa festa, da qual participou também sua esposa Lucinda, como uma das pessoas que escolheram a rainha da festa. Mesmo sendo a primeira festa junina, já de inicio começavam a ser enviados correio-elegante aos casais apaixonados tendo como atrativo também o pau de sebo e leilões de prendas, tendo sua renda total reservada para a realização da festa do ano seguinte. Pausa na revolução Devido à Revolução, a festa deixou de ser realizada em 1924, mas foi retomada no ano seguinte, trazendo como novidade a imagem de São João no alto do eucalipto, ficando ao lado da farmácia dos Ferraresi, próximo da pequena estação rodoviária. Outra paralisação aconteceu em 1929, devido uma grande enchente, que deixou as partes mais baixas de Votorantim e Sorocaba submersas, segundo historiadores, por mais de quinze dias. Curiosamente, essa enchente aconteceu em janeiro. Mesmo assim, como se recorda, a festa não foi realizada naquele ano. Em 1930 e 31 o evento também não foi promovido por determinação do Padre José Zanolla, devido à profanação, em razão de estarem ocorrendo bebedeiras incontroláveis, e de apoio de Pereira Ignácio e comerciantes, o que, segundo o sacerdote, a tornava uma festa “patronal”. Em 1932, o motivo da não realização foi outra revolução. Mas de 1933 a 36, a festa constou apenas de procissão, parque de diversões e algumas barracas, que não puderam vender bebidas alcólicas. Já em 1937 chega o padre Conrado Scheviora a Votorantim, ficando alguns meses, assumindo posteriormente o frei Zeno, que apoiando Pereira Ignácio, até 1940, deu maior abertura à festa, permitindo mais barracas, utilizando a renda para a igreja na construção, em 1944, da Capela de Balter ou Balduino como também era conhecida. Em função da recessão, provocada pela Segunda Guerra Mundial, nos anos de 1943 a 45, as festas restringiram-se apenas a bailes no enorme tablado e ao funcionamento de quatro barracas. Em 1948, a festa também não foi realizada, devido a uma grande greve de operários e que atingiu diretamente a fábrica de tecidos.


Largo da Feira
Na década de 50 e até quase o final do anos 60, a festa chegou a ocupar o espaço conhecido como Largo da Feira, entre as ruas Sorocaba e Paulo Reginato, onde hoje se localiza a praça “Senador José Ermírio de Moraes”. Nesta época já contava com parque de diversões mais bem montados, vindos de São Paulo. Nesse período, também, as barracas já sorteavam prendas para os visitantes e havia escolha da barraca mais bonita, inclusive uma que era muito visitada e conhecida como “barraca das bonecas”, comandada pela igreja. Também havia pessoas que se arriscavam passar sobre a brasa em demonstração de fé. Na década de 70, já instalada em área em frente a Igreja Matriz- hoje Praça de Eventos Leci de Campos”- a festa que durante toda a sua trajetória houvera pertencido a igreja católica, foi assumida pela Prefeitura, através da Comissão Municipal de Assistência Social (COMAS), privilegiando entidades beneficentes que mantinham atendimento às famílias carentes. Ainda, neste período, as barracas eram montadas com eucaliptos e lonas, no amplo terreno de terra batida. A de maior espaço abrigava o restaurante que ficou famoso por estar sob a direção do Lions Clube. A barraca mais freqüentada-por sinal a única que chegou a ser de alvenaria- era dos Vicentinos, que vendia seus tradicionais espetinhos de carne e cuscus. Nos anos 80, ainda experimentando crescimento, decidiu-se montar um galpão para exposições comerciais e industriais, mas seu funcionamento restringiu-se apenas a dois ou três anos, logo sendo esvaziado.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Visitante Ilustre

Fundada no dia Quinze de Novembro de 1.965 a Conferência Nossa Senhora da Consolata teve uma visita ilustre no dia de sua instalação. O Monsenhor Antônio Maria Mucciolo, hoje Bispo Emérito de Botucatu e atual Presidente da Rede Vida de Televisão. Ele esteve presente junto ao Padre Luiz Trentini, Assistente Espiritual dos Vicentinos de Votorantim dando a sua benção a nova Conferência Feminina de Votorantim.

A Igreja de São Vicente de Paulo

Quando Votorantim tinha apenas uma Paróquia a de São João Batista, quis o Pároco Padre João Alfredo Pires de Campos oferecer aos Vicentinos de Votorantim uma Comunidade que tivesse como Padroeiro São Vicente de Paulo, o Patrono da instituição. Em 12 de Maio de 1996 nascia a Comunidade em um Salão alugado no Jardim Clarice que recebia os pertences da Comunidade de Santa Helena que havia sido desativada. Foram quatro anos pagando aluguel quando o Deputado Flávio Chaves fez a doação de um Terreno no Jardim Karolyne. No dia 23 de Agosto de 1999 as 09h foi realizada a Missa Campal do lançamento da Pedra fundamental com a presença do Arcebispo Metropolitano Dom José Lambert, do Pároco José Roberto da Guia Azevedo, do doador do terreno, entre outras autoridades. A partir desse momento constituiu-se uma equipe de construção para angariar fundos para a ermida. No dia 19 de Setembro de 2005, houve procissão com a imagem de São Vicente de Paulo, que foi doada pelas Conferências Vicentinas de Votorantim e inaugurada a nova igreja que foi abençoada pelo Arcebispo Metropolitano Dom Eduardo Benes Rodrigues


O Sucessor de São Vicente de Paulo

Quando a SSVP nascia em Votorantim Charles Souvay era o 18º Sucessor de São Vicente de Paulo a Frente da Congregação da Missão, fundada em 17 de Abril de 1625. por São Vicente de Paulo. Seus membros são conhecidos como padres e irmãos vicentinos ou lazaristas(porque a primeira casa da Congregação, em Paris, se chamava "Casa de São Lázaro"). Ele ficou a frente da Congregação de 1933 a 1939.

Onde se reuniam os primeiros Vicentinos Votorantinenses

1933 até 1946 Local: Sede Social Gabinete de Leitura da Dona Terezinha
1946 até 1947 Local: Sede do Circulo de Operário de Votorantim
1947 até 1955 Local: Casa Paroquial São João Batista
1955 até 1958 Local: Escola de Pinturas e Bordados
1958 até 1970 Local: Casa Paroquial São João Batista
1970 até hoje Nova Matriz São João Batista

Mário dos Santos


Mário dos Santos nasceu em 21 de Fevereiro de 1905, ingressando na SSVP em 1933, ano que foi proclamado Vicentino. Participante ativo da Sociedade de São Vicente de Paulo foi Secretário e Presidente da Conferência São João Batista de Votorantim. Unidade Vicentina que teve a sua participação na sua fundação em 27 de Agosto de 1.933. Faleceu aos 26 de Março de 2.001 aos 96 anos de idade, sendo o ultimo dos fundadores da Conferência a falecer.

Homenagens aos Vicentinos Votorantinenses

Vicentinos que Receberam homenagens da Câmara Municipal de Votorantim

Nomes de Ruas
Eugênio Idelfonso – Bairro do Votocel
Acácio Miller –Centro
Humberto Dellapache – Jardim Icatu
Pacífico Tobias Aguiar –Barra Funda
José Antonio Ramos – Vila Nova Votorantim

Nome de Praça
Dante Tonche – Itapeva

Nome de Escola
Clotilde Belini Capitani –Jardim Archila

Centro Comunitário
João Jacinto Vieira

Creche
Olímpia Pozza Beber

Padre José Zanolla e os Vicentinos

Primeiro Cura de Votorantim o Padre Belga José Zanolla foi um dos principais apoiadores da criação da primeira Conferência do Município. Foi dele a sugestão para que se desse o patronato da Conferência a São João Batista, padroeiro da localidade. Em nossa recente pesquisa sob o referido Sacerdote o encontramos no ano de 1921 dirigindo o Coro Dom Bosco na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora do Bairro Bom Retiro em São Paulo. Paróquia dirigida pelos Padres Salesianos e que receberá no seu Jubileu em 1944 Dom Carlos Aguirre, primeiro Bispo da Diocese de Sorocaba que consagrou o altar de Santo Antonio.Outro fato interessante é que o Coro Dom Bosco era formado por alguns integrantes da Conferência São Lino, o que nos leva a crer que o Padre José Zanolla já conhecia os trabalhos da Sociedade de São Vicente de Paulo e por isso apoiara desde o inicio a sua formação em sua Paróquia.

A Familia Kriguer



O marinheiro de guerra Pedro Kriguer, nascido na Baviera, veio clandestino num navio mercante e aportou em Santos na década de 70 do século XIX. De lá, rumou para a Fazenda Ipanema, onde já trabalhavam seus antigos companheiros vindos da Áustria e da Alemanha, nas famosas minas de ferro. Após deixar a Fazenda Ipanema, passou a trabalhar na lavoura dos bairros Curumbá e Bacaetava, em Iperó. Conheceu Carolina Hessel, com quem se casou e teve quatro filhos: Henrique, Alfredo, Julia Augusta. Henrique desapareceu ás vésperas de seu casamento e nunca mais se teve noticias dele. Julia se casou com Julio Walter, também descendentes de alemães. Alfredo casou-se com Bernardina Popst e com ela teve 12 filhos: Izidoro, Ovídio, Benedito, Aristides, Alfredo, os gêmeos Helena e Oscar, Mário, Vitória e Oliria, nascidos em Curumbá: João e Carolina, nascidos em Votorantim. Alfredo Kriguer, Benedito Kriguer e Oscar Kriguer foram os primeiros integrantes da Conferência São João Batista, fundada em 27 de Agosto de 1.933.

Escola de Artes e Costura

Dona Noemia dos Anjos Ramos dirige desde 1963, a Escola de Artes “Senador Jose Ermírio de Moraes”. São trinta e sete anos dedicados aos seus alunos e a arte e, conforme o que se comenta, e dificil achar em Votorantim alguém que goste de arte que não tenha sido aluno da d.Noemia. Sua família veio para Votorantim por um desses acasos do destino. Seu pai, Jose Antonio Ramos Monteiro, emigrava de Portugal e fora inicialmente para Manaus, vindo, depois, residir no Rio de Janeiro com toda a Família. Um dia, ele cruzou com o seu Moraes, seu amigo. Foi a maior surpresa. Depois das festas e dos abraços o seu Moraes lhe perguntou o que fazia no Rio. Antonio Ramos lhe contou que estava desempregado e que viera ver se arrumava alguma ocupação. Seu Moraes que outro não era que Jose Ermírio de Moraes, lhe disse: “Pois, então, já estas empregado, você e toda a sua família lá em Votorantim.” E assim foi que eles vieram para cá, e toda a família começou a trabalhar na fabrica onde d. Maria Amélia iniciou como telefonista. Um dia, a mãe de d.Maria Amélia, conhecendo a habilidade manual de sua filha, lhe sugeriu que colocasse na janela um papel escrito “Ensina-se Costura”. Ela o fez e logo as alunas começaram a aparecer. Este foi o inicio do que viria a se tornar a Escola de Artes, que foi fundada em 21/10/1935 por d. Maria Amélia. De acordo com as informações de sua irmã d. Noemia, a escola, na época freqüentada pelos filhos dos chefes da fabrica de tecidos pois o material utilizado nas aulas era caro. A população era muito pobre e não poderia arcar com essa despesa. Para se ter uma idéia, a maioria das pessoas não tinha nem sapato: andava descalça ou de tamancos. Era cobrada apenas uma pequena taxa para cobrir a manutenção da escola. Suas primeiras alunas foram: Jurema de Campos, Ada Valentini, Guiomar Camolesi e suas irmãs, entre muitas outras. A Escola funcionava das 13 as 18h e havia aulas de pintura a óleo, corte e costura, tricô, Crochê e artesanato em geral. D. Maria Amélia, que se tornou Picollotto pelo seu casamento, continuou a dirigir a Escola ate 1963 quando esta passou a ser dirigida por sua irmã, d.Noemia dos Anjos Monteiro, que continuou a ministrar com desvelo as aulas de artes. D. Maria Amélia, enquanto a vista lhe permitiu, aceitava todos os anos o convite para enfeitar com suas flores, artisticamente elaboradas, os andores que saiam nas procissões da cidade. Em 1982, na gestão do Prefeito Erinaldo Alves da Silva, a sua Escola passou a ser municipal. Em 1998, d. Noemia aposentou-se, mas continuou ministrando aulas de artes. Mas os tempos estavam difíceis e a quantidade de alunos minguava. Sabendo das aflições de D.Noemia, e em reconhecimento a sua dedicação e a sua força que não se deixa abater, o Grupo Votorantim, através do dr. Roberto Muraro Delanhesi, reformou a casa da rua Asdrúbal Nascimento, 228, no Bairro da Chave, que lhe foi cedida em comodato vitalício.
De 1955 até 1958, a Conferência São João Batista se reunia nas dependências da Escola de Pinturas e Bordados de Dona Maria Amélia.

As Relíquias de São Vicente de Paulo







As Relíquias de São Vicente de Paulo - fragmentos de ossos e uma gota de seu sangue – estiveram percorrendo o território Brasileiro, desde o dia 26/Setembro/1999 até 24/Setembro/2000. O Relicário procedeu de Roma, sede da Congregação da Missão, da qual é oriundo e, no seu interior, devidamente protegido, traz um pequeno coração desenhado com a gota de seu precioso sangue, e fragmentos de ossos do nosso querido patrono. O Superior da Congregação da Missão, padre Robert Maloney, atual sucessor de São Vicente de Paulo, fez questão que o Brasil recebesse as relíquias do santo, em razão de estarmos celebrando neste período, as Missões da Sociedade de São Vicente de Paulo. Com a veneração dessas Relíquias durante este Ano Santo e quando se comemora os 400 anos da Ordenação Sacerdotal de São Vicente de Paulo, a família Vicentina de São Paulo viverá momentos de extrema alegria e emoção e também de união em torno de um propósito comum que é a Caridade. Depois de receber as relíquias de Santa Teresinha e de Santo Antônio de Pádua, meses atrás, o Brasil, agora, está sendo abençoado com a presença viva de São Vicente entre nós, que é o Patrono de todas as Obras Sociais da Santa Igreja Católica. "Relíquia é a parte do corpo de um santo ou qualquer objeto que tenha a ele pertencido, ou até mesmo que tenha tido contato com seu corpo", definiu Padre José, de Brasília/DF. Segundo ele, as relíquias de "homens de Deus" podem até ressuscitar os mortos. Citando um trecho do Antigo Testamento (II Reis 13, 21), padre José destacou que uma pessoa já falecida, quando seu corpo encostou nos ossos do profeta Eliseu, reviveu imediatamente. "Desde o Concílio de Nicéia, no ano 325, a Igreja sempre se posicionou a favor do culto das relíquias dos santos, estes que foram templos vivos do Espírito Santo. É uma das tradições católicas mais antigas e mais populares", ressaltou.

Centro Comunitáro recebe nome de Vicentino Ilustre

No dia 27 de Março durante as comemorações do 43º aniversário de instalação oficial do Município de Votorantim foi inaugurado o Centro Comunitário João Jacinto Vieira no Bairro do Rio Acima em Votorantim. O prédio construído no terreno de 600 metros quadrados, possui salão social com palco, sala de administração, cozinha, dispensa, sanitários e vestiários, com espaço para estacionamento. O Confrade João Jacinto Vieira foi Vicentino da Conferência São Thomas de Aquino onde trabalhou durante 29 anos sendo um dos Presidentes da Unidade Vicentina.

Os Vicentinos e o Grupo Votorantim

OS VICENTINOS E O GRUPO VOTORANTIM
O Grupo Votorantim é um dos maiores conglomerados industriais do Brasil. Fundado em 1918 no então distrito de Votorantim com o nome Sociedade Anônima Fábrica Votorantim, possuía então 3.400 funcionários. Hoje em dia conta com mais de 50 mil funcionários. Atualmente o grupo é dirigido pela sua terceira geração, sob o comando do empresário Antônio Ermírio de Moraes, filho de José Ermírio de Morais que herdou o grupo do fundador, seu sogro, António Pereira Inácio. As suas empresas abrangem as áreas de cimento, papel e celulose, banco, energia, alumínio, níquel, zinco e outros ramos. A Sociedade de São Vicente de Paulo de Votorantim tem um envolvimento direto com o grupo Votorantim. Todos os seus fundadores trabalhavam na Fábrica de Tecidos Votorantim entre eles o seu principal protagonista Eugênio Idelfonso que lá exerceu a função de Chefe de Escritório. Em 1933 ano em que se fundou a primeira Conferência Vicentina no Município o Grupo Votorantim dava inicio a instalação da Fábrica de Cimento Santa Helena. Todos os prédios onde a Conferência São João Batista se reunia até o ano de 1970, portanto por 37 anos pertenciam ao Grupo Votorantim. A igreja São João Batista, a Casa Paroquial, o Gabinete de Leitura e a Escola de Artes e Costura. O local onde hoje está sendo construído o Núcleo Vicentino Beato Antônio Frederico Ozanam fazia parte territorial da Fábrica de Tecidos Votorantim, protagonista do Grupo. No ano em que o Grupo Votorantim completa 90 anos e a SSVP 75 de presença no Município podemos dizer que ambas fazem parte da história uma da outra

Clotilde Belini Capitani

Na reunião do dia 19 e Outubro de 1971 os membros da Conferência São João Batista através do Confrade Eugenio Idelfonso manifestava que se devia designar nesta reunião um voto de pesar pelo falecimento da Sra. Clotilde Belini Capitani, em recente desastre automobilístico e que desse ciência a Conferência Nossa Senhora Consolata na qual a mesma era Consocia. O Conselho Particular tomou a resolução de ofertar uma Coroa de Flores a sua saudosa Secretária no dia de finados

Humberto Della Pache

Humberto Della Pache nasceu no dia 29 de Janeiro de 1919, na cidade de Tietê-São Paulo. Filho de Maria Capitani e Ângelo Della Pache, veio com seus pais e irmãos para a cidade de Votorantim, com a idade de 01 ano. Trabalhou durante 35 anos na fábrica de Tecidos –S/A Industria Votorantim, de 1933 a 1968 na função de tecelão e aposentou-se como contra-mestre na tecelagem. Homem católico, dedicado à Igreja quando ainda não existia problemas habitacionais em nosso país., ele sendo vicentino por mais de 35 anos, queria que as famílias carentes que visitava e morava em barracos, tivessem também como ele, uma casa. Começou aos domingos, ajudar as pessoas na construção ensinando-as no assentamento de tijolos; no madeiramento do telhado e assentamento de portas e janelas. Colaborou e acompanhou na construção da Igreja Matriz, hoje Paróquia São João Batista. Humberto foi um dos Vanguardeiros na luta para o desmembramento, pois acreditava no progresso desta Cidade. Quem viveu nesta cidade no inicio de sua formação, lembra do Humberto acompanhando as obras públicas e às vezes até orientando, pois sabia onde tinha sido feita uma rede de esgoto ou de água. Humberto Della Pache faleceu no dia 10 de Julho de 1996, com idade de 77 anos, deixando uma lacuna na vida daqueles que o amavam.

Oscar Leme de Faria

Oscar Leme de Faria

Oscar Leme de Faria, filho de Antonio João Faria e Maria Leme da Costa Faria, nasceu no dia 03 de Julho de 1924, em Ribeirão Claro, no Norte Velho do Paraná. Seus pais, naturais de Piraju/SP, eram lavradores. A família também contava com a ajuda de Ana Leme de Faria, irmã mais velha de Oscar. Aos 36 anos, conheceu a jovem Aparecida Maladela, com quem se casou na cidade de Uraí/PR, no dia 04 de Junho de 1960, e dessa união nasceram 06 filhos: Luiz, Osmar, José, Anilton, Maria e Neusa já falecida. Também lavradores, trabalharam 17 anos na Estrada do Paraná, passando pelas cidades, Uraí, Cornélio Procópio, Apucarana, Cambira e Serra Morena, depois vieram para São Paulo. Incentivado pelos pais, desde criança já tomava gosto pela religião, estudando a Sagrada Escritura e se confirmando na Religião Católica. Em 28 de agosto de 1978 foi fundado o Conselho Vicentino em Votorantim, o qual sempre contou com a participação ativa do casal, e desde então, até os dias atuais, o senhor Oscar faz parte dos Vicentinos. Atualmente reside na cidade de Votorantim, na Vila Galli, sua luta aos menos favorecidos, e atenção às necessidades dos irmãos, o torna querido por todos e um exemplo para os futuros Vicentinos.
Falecido em 2007

Dante Tonche


Dante Tonche
Aos vinte e sete dias do mês de Outubro no ano de 1938, nasce na cidade de Rafard no estado de São Paulo, Dante Tonche, filho de Paulo Tonche e Ângela Ferraretto Tonche.
Dante era o segundo filho de uma família de cinco irmãos, sendo: Geraldo Tonche, Elisa Tonche, Ariovaldo Tonche e Paulo Tonche Junior.
Toda a família trabalhava em uma Fazenda em Rafard no corte de cana de açúcar, e com a vida bastante dura na lavoura, à família resolveu tentar novos horizontes na cidade de Votorantim.
Aos quinze anos de idade, Dante veio morar em Votorantim no Bairro Ângelo Vial e todos trabalhavam em Indústrias da cidade.
Dante trabalhou na S/A Indústria Votorantim Ltda, na função de Tecelão e logo após a ajudante de contramestre.
Em janeiro do ano de 1956. Dante começou a namorar Dirce Vieira Pontes, que em 15 de Fevereiro de 1958 passou a ser esposa e companheira pelo resto da vida.
Dessa união gerou três filhos: Márcio Dante Tonche, Paulo Roberto Tonche e Márcia Aparecida Tonche.
No mesmo ano de seu casamento, Dante comprou o açougue de seu sogro Francisco Vieira Pontes, onde iniciou sua vida de comerciante e de pessoa popular na cidade.
Em 1966 começou a sua vida em comunidade e atividades filantrópicas. Dante participou de Encontro de Casais com Cristo, foi cursilista e vicentino.
No ano de 1970 Dante e Dirce foram aclamados Vicentinos, no qual participaram efetivamente na Conferência Santo Inácio de Loyola.
Foi na vida Vicentina que Dante e Dirce trabalharam em favor dos mais necessitados.
Dante e Dirce tiveram uma vida de doação, onde ambos estavam sempre envolvidos em campanhas, festas, quermesses, almoços beneficentes, para angariar fundos, para em nome dos Vicentinos socorrer os menos favorecidos.
Após muitos anos de dedicação, Dante percebeu a necessidade de fundar uma Creche Vicentina em Votorantim. Dante e seus Confrades e Consocias trabalharam e conquistaram essa meta e em 26 de Janeiro de 1984 fundou-se a Creche São Vicente de Paulo.
Após Dante ter fundado a Creche, a preocupação era em mantê-la, portanto, a vida de doação, continuou, as festas, os almoços beneficentes, sempre para arrecadar fundos para o custeio da Creche e das famílias que são assistidas pela conferência.
No ano de 1988, no dia 16 de Dezembro, Votorantim perde um amigo, filho, irmão, pai, avô, marido.
Deus na necessidade de pessoas grandiosas, dedicadas e com grande amor ao próximo, veio e buscou Dante e levou-o para junto dele.
Nós na saudade, buscamos supera-la no seu exemplo de vida e em suas obras que aqui ficaram.
Dante um homem grande... Dante um grande homem!!!
Deus o abençoe...!

Eugenio Idelfonso


Eugênio Idelfonso

Eugênio Idelfonso, nasceu em 18/06/1906, na Avenida São Paulo, em Sorocaba. Filho de Joaquim Idelfonso e de Eliza Goldrico Idelfonso. Em 1920 o Confrade da Conferência São Vicente de Paulo de Sorocaba Sr. Francisco Pacheco, padrinho de Batismo de Eugênio Idelfonso o convidou para participar da Conferência de São Vicente de Paulo em Sorocaba. Foi feito uma Reunião dos Vicentinos para analisar o novo candidato, devido a idade (13 anos). Devido a influência do padrinho Francisco Pacheco foi aclamado como o mais novo Vicentino da História de Sorocaba.
Após o casamento de Eugênio com Virgínia Del Bem Idelfonso em 24/12/1928, foram residir em Votorantim na Travessa A, no Bairro da Chave. Hoje rua Dr. Heitor Avino, em frente à ponte que liga ao terminal Rodoviário João Souto Neto. Em aproximadamente 1940 foi criado uma Comissão de Festa Junina em Votorantim que era realizado em frente a Fábrica de Tecidos Votorantim e a Igreja São João Batista, esta destruída pela enchente de 08/02/1982. Esta Comissão de Festa foi até o novo local Pça Dr. José Ermírio de Moraes e depois hoje Praça de Eventos Lecy de Campos. Na Praça Padre Luiz Trentini foi construída a nova Matriz de São João Batista, cujo Presidente da Comissão foi Eugênio Idelfonso. Outros da Comissão: Olério Boscariol, Martins (construtor) e outros colaboradores.
A Família: Esposa –Vírginia Del Bem Idelfonso (+) Alexandre Idelfonso(+) Osvaldo Idelfonso, Laerte Idelfonso (+) Roberto Idelfonso, Maria Tereza Idelfonso e Maria Salete Idelfonso.

Dados passados pelo Filho Roberto Idelfonso em Maio de 2.003.


Dante Tonche

Nelson de Lima

Nelson de Lima nasceu em Águas de Santa Bárbara. Em Votorantim desde 1956, ingressou na Fábrica de Papel Votocel, fez carreira dentro da empresa e aposentou-se como chefe geral da mecânica, em 86, mas, a convite da diretoria, permaneceu na ativa, trabalhando como técnico instrumentista. Pessoa ligada às atividades filantrópicas e religiosas, foi um dos integrantes da equipe que angariou recursos para a construção da igreja Imaculado Coração de Maria, no Bairro onde residia. As abelhas eram sua paixão e era sócio da Associação Paulista de Técnicos Apícolas. Casado com Josefina Garcia de Lima, tinha quatro filhos, Jair de Lima, Maria Aparecida, Mario Aparecido e Angélica Luciane. Ingressou na Sociedade de São Vicente de Paulo no ano de 1970 onde no mesmo ano foi um dos principais fundadores da Conferência Imaculado Coração de Maria do Bairro do Votocel onde exerceu os cargos de 1º Secretário e Presidente. Foi o primeiro Presidente do Conselho Particular de Votorantim fundado no ano de 1977. Faleceu em 19/02/89 aos 55 anos vítima de Enfarte.

Um Fotógrafo Vicentino


Acácio Miller nasceu em 23 de outubro de 1923, filho de Roberto Miller e Antonieta Camargo Miller, em Avaré. Radicado em Votorantim, casou-se com a Sra. Anézia dos Santos Miller, constituindo tradicional família. Trabalhou como funcionário da S/A Indústrias Votorantim - fábrica de Tecidos - durante muitos anos, exercendo, concomitantemente, a profissão de fotógrafo, foi quando registrou muitos fatos históricos, ocorridos no município no período, como a luta pela Emancipação, as festas juninas, os grandes jogos de futebol, e outros. Faleceu em 18 de novembro de 1983, em Votorantim. A atual rua defronte à Praça Pe. Luiz Trentini, e também da Igreja Matriz de São João Batista, e que inicia na rua Sebastião Lopes e termina na Avenida São João, passou a denominar-se "Alameda Acácio Miller" a partir de 11 de abril de 1988, constando de sua placa "Cidadão Emérito". Líder religioso era muito respeitado na Comunidade local. Participou ativamente da Conferência São João Batista por 28 anos (1955-1983). Na Paróquia São João Batista fez parte do 1º Grupo de Ministros ordenados na igreja no ano de 1972.

Biblioteca Vicentina

Biblioteca Vicentina Cfde. Eugênio Idelfonso

A necessidade de formação constante dos Vicentinos para estarem melhores ao serviço dos pobres, principal objetivo da Escola de Capacitaç Antônio Frederico Ozanam, suscitou entre a diretoria do Conselho Central de Votorantim a iniciativa de se criar uma Biblioteca Vicentina. Com a colaboração de R$ 2,00 (dois reais) por parte de cada Vicentino no mês de Agosto de 2.003, se pode comprar os primeiros livros da Biblioteca, além da doação de vários títulos por parte dos Vicentinos.
Em 27 de Agosto de 2.003, data em que se comemorou oficialmente 70 anos da SSVP em Votorantim foi inaugurada a Biblioteca Vicentina confrade Eugênio Idelfonso, em uma homenagem ao primeiro Presidente de uma Conferência Vicentina em Votorantim, a Conferência São João Batista. Com as bênçãos do Padre Mizaél Donizetti Poggioli, da Congregação da Missão a Biblioteca foi aberta oficialmente.






A Juventude Vicentina de Votorantim


Muito antes da cidade de Votorantim ser sede de um Conselho Central, já era grande a preocupação de se renovar a Família Vicentina da cidade. No Conselho Particular Nossa Senhora Rainha da Paz criou-se a Conferência Mirim Príncipe da Paz, passando a ser chamada de Conferência de Crianças e adolescentes conforme resolução do Conselho Nacional do Brasil. Desse trabalho de recrutamento surgiu no ano de 2.003 a Conferência de Jovens São João Gabriel Perboyre (lê-se Perboá).
A primeira Coordenadora de Comissão de Jovens do Conselho Central de Votorantim foi a Csc. Joselaine Aparecida Cardoso Aguiar, que ficou a frente da Comissão até o mês de Outubro de 2.003, quando passou o cargo ao Cfr. Silvio Cardoso de Oliveira.

Vicentinos em Ação

Com a criação do Conselho Central de Votorantim os Vicentinos da região sentiram a necessidade da criação de um Jornal Informativo para o novo Conselho. As noticias atuais da região eram publicadas no Jornal “O Vicentino” de Sorocaba. Após várias consultas as gráficas da cidade e de Sorocaba, chegou-se a um preço viável, compatível com a realidade do Conselho. E qual seria o nome do Jornal?
Foram pedidas sugestões aos Vicentinos e em uma das Reuniões do Conselho Central de Votorantim feita a votação, sendo eleito o nome de “Vicentinos em Ação”. Nome proposto pela Presidente do Conselho Central de Votorantim Consocia Dirce Pontes Tonche.
O primeiro exemplar foi entregue a Comunidade no dia 27 de Setembro de 2.000 após a Missa de São Vicente de Paulo, realizada na Igreja São José, no Bairro da Chave, em Votorantim. A missa foi celebrada pelo Padre Paulo Roberto Gonzales, Pároco da Paróquia São João Batista e Imaculada Conceição de Votorantim. A primeira edição em Preto e Branco foi impressa na Gráfica do Jornal de Votorantim, de propriedade do Dr. Roque Dias Prestes, presidente da OAB do Município. A edição nº 01 destacava a vinda das Relíquias de São Vicente de Paulo, em Votorantim.

O Conselho Central de Votorantim


Com a criação do Conselho Metropolitano de Jundiaí no ano de 1999, desmembrando-se do Conselho Metropolitano de São Paulo. Foi criado no dia 19 de Dezembro de 1.999 o Conselho Central de Votorantim, desmembrando-se do Conselho Central de Sorocaba. O novo Conselho ficou composto por 07 Conselhos Particulares: São João Batista, São Mateus, Nossa Senhora Rainha da Paz, todos de Votorantim, São Benedito (Alumínio), Nossa Senhora da Piedade (Piedade), São João Batista (Salto de Pirapora) e São Miguel Arcanjo (Araçoiaba da Serra). E das Obras Unidas: Creche São Vicente de Paulo (Votorantim), Vila Imaculada Conceição (Araçoiaba da Serra) e Lar São Vicente de Paulo (Piedade). A primeira diretoria ficou assim constituída: Presidente Dirce Pontes Tonche, Vice Presidente: Mário Tonche, 1º Secretário Silvio Cardoso de Oliveira, 2a Secretária Jandira Paulino Mendes, 1º Tesoureiro: Lázaro Cavaleiro, 2º Tesoureiro: Roberto de Lara Melo. Coordenadora de Comissão de Jovens: Joselaine Aparecida Cardoso Ayres e Coordenador da ECAFO: Valdi Vieira e Vasconcelos

Amigo

Nesta vida inteira vi muitas definições de "amigo"nenhuma tão verdadeira quanto esta,que tenho agora comigo.Não foi uma definição escrita, lida, ou mesmo falada.Foi sua atitude bonita, sem ter pedido nada.Não poupou as palavras, ditas com sinceridade.Foi leal, foi fiel, sem nenhuma maldade.Abusou da franqueza dizendo o que achou que devia,mas mantendo a fineza, que uma dama merecia.Mostrou-me o caminho que eu não deveria tomar,pois, como um pássaro cego, eu tentava voar.Na profundidade desse seu gesto, pude compreender:Você sabia muito mais de mim,do que eu deveria saber.E nesse seu ombro amigo eu pude, inteira, me apoiar.Eu que só queria sua mão para segurar.Para "amigo" não busco mais nenhuma definição,porque carrego esse seu gesto bemguardado no coração.

A Creche São Vicente de Paulo



Em 1972 os Vicentinos começaram a pensar na construção de um Lar para idosos. Depois surgiu a idéia da Construção de uma Creche, pois a única existente na cidade pertencia a Indústria Votorantim e havia muitas mães que precisam trabalhar fora de casa e não tinham com quem deixar os filhos nem mesmo pagar uma escolinha ou uma empregada. E em 1974 os Vicentinos começaram a trabalhar pela creche, promovendo festas, almoços, jantares e desenvolvendo uma série de atividades.
Depois de dez anos de luta, a creche finalmente surgiu. Antes, entretanto, há cerca de três anos e meio a Prefeitura doou uma área aos Vicentinos, de quatro lotes atrás do Centro de Saúde. Como o terreno havia sido desapropriado para se tornar uma área verde, houve um impasse e os Vicentinos acharam melhor não construir ali a Creche.
Em 1983, ano em que a SSVP de Votorantim comemorava o seu Jubileu de Ouro pelos seus 50 anos de fundação os Vicentinos conseguiram comprar com recursos próprios, três casas juntas, num terreno de 12 metros de frente por cerca de 100 metros de fundos. O espaço físico passou por uma reforma contando com duas salas para berçário, refeitório, cozinha, escritório e uma sala de aula, além de uma área para recreação e um espaço coberto.
Para as reformas os Vicentinos contaram com o apoio de diversas pessoas, que fizeram doações.
Em 26 de Janeiro de 1984 o sonho se tornava realidade com a fundação da primeira Creche Comunitária do Município que teve a sua primeira diretoria assim estabelecida:
Presidente: Dirce Pontes Tonche
Vice Presidente: Dante Tonche
1ª Secretária: Iane Alves Silva Miranda
2ª Secretária: Maria Zildinha Borgato Feitosa
1ª Tesoureira: Wilma Vetorazo Galli
2ª Tesoureira: Luiza Monteiro Pozza
Diretor Nato: Martinho Santos Matiaze
Vogais: João Pivetta, Maria de Lourdes Bompani, João Jacinto Vieira, Maria Troiano de Toledo e Enzo Fongaro.
A partir do ano de 2000 na administração das Consocias Shirlei de Castro e Terezinha Belei Pivetta a Creche começou a ganhar uma ampla reforma com a compra de um novo terreno ao lado ocorrido no ano de 1997, contando sempre com o apoio das Conferências Vicentinas da cidade. No local foi construído uma nova Ala e depois reformada a já existente concluindo-se as reformas no ano de 2.007.
Em 2009 a Creche São Vicente de Paulo comemorou o seu primeiro Jubileu pelos seus 25 anos de fundação.

As Presidentes:
1984 - Dirce Pontes Tonche
1987 - Maria Inês de Castro
1989 - Regina Lopes da Silva
1991 - Dirce Pontes Tonche
1996 – Lourdes de Moraes Leme
2000 – Shirlei de Castro
2004 – Terezinha Belei Piveta
2008 – Maria de Lourdes Santos Pinto

E assim nasceu a SSVP de Votorantim


BREVE HISTÓRICO

Um confrade que havia há um ano e pouco constituído família pelos laços de matrimônio, fixou residência em Votorantim, então distrito do município de Sorocaba. Corria o ano de 1931. Esse Confrade na ocasião militava na Conferência do Senhor Bom Jesus da referida cidade, desde a sua fundação em 1926. Desejava ele que também Votorantim sentisse os efeitos da magnífica obra que Antônio Frederico Ozanam idealizou e fundou nos idos de 1833, na França, coadjuvado por alguns jovens seus colegas universitários que com ele comungavam o mesmo ideal cristão.
Como é natural, seguindo disposições do Manual da Sociedade que diz, entre outras, “que não se faça nada sem a aprovação da autoridade eclesiástica local”, o confrade que mudou de comunidade por transferência de domicilio, procurou entrevistar-se com o Revmº. Cura Padre José Zanolla, de saudosa memória, para expor-lhe o seu intento. Prudentemente aquele sacerdote não aprovou de pronto a fundação da Conferência, já que no momento o Curato carecia de elementos preparados para enfrentar os trabalhos que de seus membros exige uma Conferência Vicentina. Nesse diálogo com o Padre recebeu o incentivo para que continuasse diligenciando a fim de que num futuro não muito distante se tornasse realidade aquilo que no momento seria irrealizável.
Dois anos depois, após algumas reuniões preparatórias realizadas na residência do aliciador de elementos, agora já com aprovação do Sr. Cura, foi instalada a primeira Conferência Vicentina de Votorantim que recebeu o nome do Padroeiro do lugar SÃO JOÃO BATISTA. Isto foi no dia 27 de Agosto de 1933. Nesse dia o Conselho Central Diocesano e o Conselho Particular de Sorocaba, organizaram uma caravana composta de numerosos Vicentinos da cidade que a pé, rezando e cantando, chegaram até Votorantim para a instalação solene da nova Conferência e que se fez na própria igreja sob a presidência de honra do Padre Zanolla. Assistido pelo presidente do Conselho Central da época Major Abílio Soares, e então Presidente do Conselho Particular de Sorocaba, confrade Eliezer Barbosa Lima, de saudosa memória, deu por fundada a Conferência SÃO JOÃO BATISTA, formando a sua primeira diretoria constituída de presidente, vice-presidente, secretário e tesoureiro, nomeando para essas funções – pela ordem de cargos os Confrades Eugênio Ildefonso, João Maria de Camargo (falecido em fevereiro de 1946), Miguel Ramos e Benedito Kriguer.



Carta do Confrade Idelfonso

Votorantim, 02 de Junho de 1.933.
Ilmo. Confrade Presidente da Conferência do Senhor Bom Jesus.
Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo!

De acordo c/a referente. conversação de há dias, reuniram-se ontem sob a minha presidência os católicos praticantes residentes nesta Vila, Srs. Benedito Kriguer, Miguel Ramos, João Maria de Camargo, Antonio Alexandre, Mário dos Santos, Lino Picolotto, Miguel Barba e Joaquim Antônio dos Santos, a fim de preparar-nos para a organização aqui de uma Conferência Vicentina que deverá receber o título do padroeiro desta localidade, conforme opinou a respectiva autoridade eclesiástica Revmº. Pe. José Zanolla.
Nesta Reunião foi lido capítulo I do livro “O Vicentino prático” referente à origem e fins da Sociedade de São Vicente de Paulo, constituída a mesa administrativa provisória e tomada outras medidas que se tornaram urgentes, ficando ainda para ser resolvido mais tarde a escolha do dia da semana e horário para as nossas reuniões. Além dos nomes acima citados estou autorizando a incluir entre os fundadores da nova Conferência, mais os Srs. Oscar Kriguer, Paulo Thegami e Alfredo Kriguer que por motivo de força maior não compareceram a reunião, o que me leva a afirmar que seremos um número de 12 fundadores. Releva notar que dos mencionados, os Srs. Miguel Ramos e Joaquim Antônio dos Santos já são confrades, segundo declararam. É necessário que estes solicitem o desmembramento das Conferências a que pertencem?
Quanto a administração provisória, informo-lhe que se haja da seguinte forma: Presidente, o abaixo assinado; Vice, Miguel Ramos; Secretário, João Maria de Camargo; Tesoureiro, Benedito Kriguer.
Julgando suficiente este pequeno relatório, venho na qualidade de membros correspondentes dessa Conferência, Solicitar-lhe o favor de ser o portador do pedido de instalação da nova Conferência, vinculada ao Conselho Particular de Sorocaba.
Contando com as orações dessa Conferência para o feliz êxito do empreendimento a que nos propusemos, somos antecipadamente agradecidos. Subscreve respeitosamente o Confrade Eugênio Ildefonso.



Jubileu de Prata



Chegado o momento de comemorar o seu jubileu de prata que seria no dia 27 de agosto de 1958, a conferência preparou a festa com a antecipação para ao dia 24 (domingo) com a Santa Missa celebrada na Capela Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos do Hospital Santo Antônio, pelo Revmo. Cônego Lucio Floro Grazziozi que era então o assistente eclesiástico da obra vicentina na Diocese. Os Confrades Ezequiel Machado do Nascimento e José Joaquim Magalhães que na ocasião exerciam os cargos de presidentes dos Conselhos Central e Particular respectivamente, a frente de um grande número de confrades sorocabanos homenagearam a Conferência que comemorava os seus 25 anos de existência, participando do grandioso banquete eucarístico sob os cânticos do afinado grupo coral da Congregação Mariana de São Bento que também se fez presente. Servido o costumeiro café Vicentino, houve assembléia geral no salão da Escola de Corte e Costura que foi presidida pelo cônego Lucio, ocasião em que foi apresentado um relatório das atividades da Conferência SÃO JOÃO BATISTA, desde a sua fundação.
Decorridos alguns anos, a obra vicentina em Votorantim começou a dar os primeiros sinais de expansão. Assim é que um grupo de respeitáveis senhoras uniram-se para fundar a primeira Conferência Feminina sob o título de Nossa Senhora da Aparecida com a sua primeira reunião em 12 de outubro de 1963. logo mais um grupo de senhoras entusiasmadas com os objetivos da Sociedade de São Vicente de Paulo que conheceram pela leitura do respectivo Manual, fundaram a Conferência Nossa Senhora Consolata em 15 de novembro de 1965, que funciona na Casa Paroquial do mesmo nome, no bairro Vossoroca, onde têm seus domicílios aquelas jovens. Em seguida outro grupo de dignas matronas, sentindo a necessidade de expandir cada vez mais a obra de Ozanam, formaram outra Conferência com o título de Santa Maria Bertila que começou funcionar em 13 de outubro de 1966.
A primeira Conferência da cidade, a de São João Batista, a única masculina então existente, como não podia deixar de ser, sentiu os efeitos do progresso do movimento vicentino que se verificara na cidade, graças ao apoio e incentivo do atual vigário, Revmo. Padre Luis Trentini. Eis que aumentou o número de seus membros dando condições para um desdobramento que foi decidido pela própria conferência agora sob a presidência do Confrade Olério Boscariol que escolheu 8 de seus confrades, desmembrando-os, a fim de que eles fundassem uma nova conferência masculina, o que foi feito. No dia 19 de abril de 1967 começou então funcionar uma nova conferência Vicentina com o nome de Santo Inácio de Loyola.
Contando Votorantim com 05 Conferências Vicentinas em atividade, verificou-se desde logo a necessidade da organização de um Conselho Particular um órgão hierárquico da Sociedade que, além de outras funções estabelecidas pelo Manual da Sociedade de São Vicente de Paulo que, evidentemente, foram inspiradas pela caridade cristã. É o Conselho um laço de união entre todas as Conferências para que entre elas e entre seus membros, a fraternidade seja realidade. A constituição do Conselho Particular de Votorantim foi providenciada e aguarda-se apenas a sua instalação oficial que será feita pelo Conselho Central Diocesano de Sorocaba em data a ser designada.

25 anos da SSVP em Votorantim

RELATÓRIO DO PRESIDENTE DA CONFERÊNCIA SÃO JOÃO BATISTA
24 DE AGOSTO DE 1958

L. S. N. S. Jesus Cristo!

Graças à Divina Providência, a boa vontade do então cura de Votorantim, o revmo. Padre José Zanolla, de saudosa memória, graças ainda ao beneplácito do Conselho Particular de Sorocaba e a ajuda preciosa da Conferência do Senhor Bom Jesus, da qual procedemos, foi instalada, solenemente, no dia 27 de agosto de 1933 a Conferência São João Batista, em sessão realizada no recinto da nossa Igreja, sob a presidência de honra do revmo. Padre Zanolla, cujos trabalhos foram dirigidos pelo então presidente do Conselho Particular, confrade Eliezer Barbosa Lima, igualmente de saudosa memória, notando-se ainda as presenças de numerosos confrades de Sorocaba, representando as diversas Conferências existentes naquela época. Assim foi fundada a Conferência São João Batista, que contou como fundadores os seguintes confrades: Eugênio Ildefonso, desmembrado da Conferência Bom Jesus, e os novos confrades João Maria de Camargo, Miguel Ramos, Benedito Kriguer, Oscar Kriguer, Antônio Alexandre, Alfredo Kriguer Jr., Mario dos Santos, Lino Piccolotto, Miguel Barba, Joaquim Antônio dos Santos o João Almeida, com um total de 12 elementos.
Comemorando nesta sessão solene o nosso jubileu de prata, elevamos o nosso pensamento, os nossos corações à Deus numa prece de ação de graças porque, bem sabemos, mesmo o pouco que fizemos, não poderíamos fazê-lo sem ele. É com prazer, pois, que esta presidência, apresenta à nobre assembléia, um relato resumido das atividades da conferência desde a sua fundação, isto é, de 27 de agosto de 1933 até 17 de agosto de 1958, iniciando pela parte espiritual, como segue: 1302 sessões realizadas com 7805 comparecimentos de confrades, 5728 visitas domiciliares aos pobres assistidos, 2257 visitas á enfermos, 362 presenças à festas regulamentares, 458 comunhões coletivas, 6347 comunhões isoladas, 15.948 missas assistidas, 13.631 visitas ao S.S. Sacramento, 31.175 terços rezados, 1070 horas santas, 592 vias sacras, 350 adorações noturnas, 38 visitas a outras Conferências, 381 visitas à confrades enfermos, 48 visitas à Santa Casa, 20 visitas ao Asilo de São Vicente, 9 meditações, 21 visitas à São Vicente, 7 extrema unção a enfermos, 11 uniões ilícitas regularizadas, 3 visitas a encarcerados, 7 missas de sufrágios, 1 visita ao manicômio, 3 batizados e 7 presenças nos recolhimentos. Durante o espaço de dois anos, ou seja, em 1942 e 1943, um dos nossos confrades, o Sr. João Maria de Camargo, ministrou aulas de catecismo em sua própria residência no bairro do Rio Acima. Durante esse período, foram celebradas 24 missas pelas 5 intenções de nossa Sociedade. Desde a fundação até 31 de dezembro de 1940, foram assistidas 32 famílias pobres, cujo número de seus membros escaparam aos nossos registros. Corrigido esse lapso, a partir de 1 de janeiro de 1941, apuramos o seguinte movimento:
- existem em 01-01-41 – 4 pobres com 9 membros, sendo suspensos, quer por falecimentos, quer por dispensa,
- em 01-01-41 existiam 4 famílias com 9 membros; foram admitidas até a presente data 30 com 82 membros e durante o mesmo período foram suspensas por mudanças de domicílios, por falecimentos e por dispensa de auxílios 28 famílias com 84 membros. Atualmente socorridas temos 06 famílias com 24 membros.






NOVOS C0NFRADES

É o seguinte o movimento de confrades admitidos na Conferência: José Vieira Ribeiro – transferido da Conferência São José, em 24-09-1933; Osvaldo Cicarelli – admitido em 01-10-1933; José Silveira – transferido da Conferência de Salto de Itu em 07-03-1935; Pedro Cipriano Almeida – admitido em 14-04-1940; Pacifico Tobias Aguiar – admitido em 01-06-1941, Joaquim Justino de Oliveira, transferido da Conferência Nª Sª Piedade, em 18-07-1943, Florentino de Barros, transferido da Conferência do Bom Jesus em 31-12-1949; Francisco de Oliveira, transferido da mesma conferência em 02-07-1950; José Antônio Ramos admitido em 26-06-1955 e Acácio Miller, admitido em 17-07-1955. o confrade Francisco de Oliveira que havia sido transferido por ter passado a residir em Votorantim, retornou á sua Conferência de origem, em 17-12-1950, em virtude de sua transferência de domicílio para Sorocaba. Em atenção aos desejos do Confrade João Maria de Camargo, este permaneceu em atividade na conferência Bom Jesus de 19-02-1937 a 24-03-1939, motivo pelo qual passou a substituí-lo no cargo de vice-presidente, o confrade Lino Picolotto, em 26-02-1937. Registramos com pezar, o afastamento de 09 senhores confrades, apenas um por transferência de domicilio, ou seja, o Sr. Miguel Ramos que passou a residir em São Miguel Paulista, e os demais, dos quais um já faleceu, deixaram de comparecer sem nenhuma justificação.

CARTA DE AGREGAÇÃO

Carta de Agregação

CARTA DE AGREGAÇÃO

Em sessão solene realizada em 27 de abril de 1935, presidida pelo saudoso confrade Laudelino Rolim que na ocasião exercia o cargo de Presidente do Conselho Particular, esta Conferência recebeu como uma graça à carta de agregação ao Conselho Geral de Paris. Sim, recebemo-la como uma graça, porque sabíamos que, desde então, éramos participantes de preciosas indulgências generosamente concedidas aos membros da Sociedade de São Vicente de Paulo, pela santa Sé Apostólica. Nessa oportunidade, houve por bem o Conselho Particular confirmar a constituição da mesa administrativa da Conferência que, em caráter provisório havia sido instituída na ocasião da sua instalação, composta dos seguintes confrades: Eugênio Idelfonso, presidente; João Maria de Camargo, vice-presidente; Miguel Ramos, secretário e Benedito Kriguer, tesoureiro. Neste ato também, a conferência sentiu-se prestigiada com a presença de numerosos vicentinos de Sorocaba. Passaram-se os anos com a conferência contribuindo muito modestamente para o engrandecimento da Sociedade a que ficou agregada.

Confrades Falecidos

CONFRADES FALECIDOS

Neste capítulo passamos a relatar os nossos mais queridos confrades que, após um intenso apostolado vicentino e de haverem por isso mesmo, nos legado os mais salutares exemplos de dedicação e espírito vicentino como bons soldados que foram da grandiosa milícia de São Vicente, já entregaram suas almas ao Senhor. São eles: Joaquim Antônio dos Santos – falecido em 07-07-1937; João Maria de Camargo – falecido em 16-02-1946; Alfredo Kriguer Jr, falecido em 23-09-1946; Florentino de Barros – falecido em 22-01-1953 e recentemente, lamentamos a perda do nosso estimado vice-presidente, Sr. Lino Picolotto, falecido em 10 de janeiro do ano em curso. De acordo com as normas regulamentares, a Conferência fez celebrar Missas de sufrágios pelas almas desses abnegados colaboradores da messe vicentina.

MESA ADMINISTRATIVA

Somente nos cargos de presidente e tesoureiro permanecem os mesmos confrades desde a fundação, havendo substituições nos cargos de vice-presidente e secretário, sendo a seguinte composição atual: Presidente-Eugênio Idelfonso, Vice-presidente – Acácio Miller (desde 02 de fevereiro do corrente ano), Secretario – Mario dos Santos e Tesoureiro – Benedito Kriguer. Conta a conferência, presentemente, além dos supramencionados, mais os seguintes membros: Pacífico Tobias Aguiar, Joaquim Justino de Oliveira e José Antônio Ramos, totalizando 07 confrades.

AGRADECIMENTO

Agradecimento



Ao encerrarmos este resumido relatório das atividades da conferência nestes vinte e cinco lustros de sua existência, cumprimos um dever indeclinável deixando consignado neste documento a nossa mais profunda gratidão aos revmos. Sacerdotes que durante este período exerceram em Votorantim a nobilíssima e santa missão de Cura d’Almas. Além do já citado Padre Zanolla, os franciscanos Frei Zeno e Frei Serafim, Padres da Consolata, ou melhor, os missionários da Consolata, Padre Zeferino, Padre Livio Cabrielli, Padre José Monticone, Padre Luis Trentini e o atual vigário Padre Antônio Maffei(foto). A todos esses sacerdotes que sempre foram solicitados quando chamados para prestarem socorro espiritual aos nossos pobres, pelo incentivo que sempre deles recebemos por meio de suas palavras amigas e paternais, salientando-se o conforto que nos proporcionaram quando a Conferência se viu sem teto para realizar as suas reuniões, pois o gabinete St. Terezinha que nos dava abrigo em sua sede, fechou as suas portas, dada a impossibilidade, por diversos fatores, de continuar a sobreviver, consentiram os nossos vigários que as nossas reuniões fossem realizadas na própria residência paroquial, o que foi feito a partir de 28-11-1948 até 17-08-1955, quando a prof. Dª Noemia Ramos gentilmente cedeu a sala de sua escola de costura, pintura e bordados, onde a conferência realiza ainda suas reuniões semanais. Por este gesto nobre de Dª Noemia Ramos, deixamos consignados neste modesto relatório os nossos mais profundos agradecimentos. Estendemos estes agradecimentos, sinceros, a todos os nossos subscritores, que muito nos ajudaram com suas contribuições mensais, aos benfeitores desta obra, que muitas vezes nos alentaram com os seus generosos donativos, proporcionando-nos a alegria de ampliarmos a nossa ação assistencial, também a eles o nosso sincero Deus lhe Pague.
Votorantim, 24 de Agosto de 1958.

Pela Conferência São João Batista

Eugenio Idelfonso


Da Religiosidade nasce uma Paróquia



“... pelo presente decreto erigimos e constituímos o curato de São João
Batista de Votorantim. Determinamos que esse curato se instale na capela
de São João Batista, ao qual concedemos os
direitos e prerrogativas de Matriz...”

Esse Decreto assinado por Dom José Carlos Aguirre, foi lido no dia 15 de maio de 1927 em missa solene celebrada pelo Reverendíssimo Frei Thomaz de Aquino, da ordem superior dos beneditinos e que era o prior do Mosteiro de São Bento em Sorocaba. Essa celebração realizada na capela de São João Batista, marcaria oficialmente a criação de nossa Paróquia.
O primeiro cura de Votorantim foi o Padre José Zanolla que tomaria posse em 21 de maio de 1927.
Importante ressaltar que as atividades religiosas na então capela São João Batista já ocorria antes da criação do curato, antigas anotações no livro do tombo dão-nos conta que a capela foi construída em 1920 e abrigava um centro de Apostolado da Oração um numeroso centro de catecismo e um centro de moças católicas havendo celebração de missa todos os domingos e dias santos pelo Coadjutor da Catedral de Sorocaba.
No ano da fundação da paróquia foi realizada a primeira festa do padroeiro com um tríduo solene de preparação nos dias 22,23 e 24 de Junho às 20:00 horas. No dia do padroeiro, por volta da 16:00 horas aconteceu uma solene procissão com cinco estandartes e oito andores caprichosa e artificialmente ornamentados com virgens e anjinhos e todas as crianças do catecismo levando as tradicionais bandeirinhas, essa procissão percorreu as principais ruas da vila industrial com a presença da banda local.
Essas festas se repetiram ano após ano sempre acompanhada de uma quermesse organizada por uma comissão que se preocupava mais com o aspecto lucrativo gerando um clima de aborrecimento e descontentamento num grande número de paroquianos comprometidos com o espírito de confraternização que essa festa deveria trazer em seu bojo.
No dia 10 de Julho de 1930 o curato de Votorantim recebeu pela primeira vez em sua história a visita pastoral do Bispo Diocesano Dom José Carlos Aguirre resumida a pregações feitas à noite na capela São João e a celebração da missa às cinco horas da manhã tendo-se encerrada a 18 de Julho com a celebração da missa.
No mês de março de 1931 um fato importante marcaria a vida da paróquia recém criada, membros da Congregação Mariana do Colégio Santa Escolástica de Sorocaba, iniciaram o catecismo dominical ás crianças da Vila. Com a Freqüência Assídua as aulas o primeiro grupo formado por cinqüenta e três crianças fariam a primeira comunhão no dia 17 de maio, num terceiro domingo do mês com missa celebrada pelo Bispo Diocesano. Incentivados pelos irmãos marianos de Sorocaba, no mês de maio de 1935 surgiria um grupo da congregação, pequeno a princípio, mas de uma grande devoção a Mãe de Deus, passaram a exercer um papel de muita importância à vida paroquial, foram os pioneiros na catequese alicerçando muitas de nossas comunidades mais antigas na construção das igrejas de Nossa Senhora Aparecida do Vossoroca, Santa Filomena, hoje Consolata do Rio Acima, e Imaculado Coração de Maria na Vila Amorim, destacando-se pela dedicação e coragem em enfrentar os obstáculos da caminhada, com a reza do terço nas famílias, aulas de catecismo a crianças de todos os bairros, motivando a vivência cristã para a formação das bases dessas comunidades.
Os missionários redentoristas de Aparecida do Norte marcaram presença em nossa paróquia no período de 3 a 15 de Junho de 1936 com a visita das Santas Missões como era chamado esse evento, com pregações e mantendo um contato mais íntimo com nosso povo através de celebrações, aulas de catecismo e momentos especiais de oração.
Em dezembro de 1936 o primeiro cura o Padre José Zanolla deixaria nossa paróquia para exercer a função de secretário diocesano e iniciou-se o período em que a nossa paróquia ficou anexada a Paróquia Bom Jesus dos Aflitos de Sorocaba, assumida pelos Frades Franciscanos.
No dia 16 de dezembro de 1944 Dom Aguirre abençoaria a Capela do Baltar localizada na antiga pedreira próxima à usina Itupararanga entregando a chave após a celebração ao Sr. Marcílio Pires que foi o primeiro catequista dessa capela.
Frei Zeno(foto), abnegado sacerdote, merece um capítulo à parte na história da paróquia, empossado em 1936 como vigário coadjutor aqui trabalhou arduamente por nove anos realizando uma obra missionária de grande alcance num campo dos mais difíceis e ingratos, foram muitos os obstáculos e adversidade contra sua conduta de missionário, mas Frei Zeno soube supera-los a todos sustentado pela sua Fé.
Os franciscanos encerrariam suas atividades em nossa paróquia dia primeiro de março de 1948, iniciando-se então o trabalho dos missionários da Consolata. O primeiro padre do instituto Missões Consolata provisionado como pároco, seria Zeferino Fastro.
No período de 17 a 31 de maio de 1948 aconteceria a visita da Santa Missão onde os padres Manoel e Marcos, Missionários Passionistas reforçam a força dos sacramentos na vida dos cristãos com pregações e celebrações onde ministraram muitos sacramentos. Uma antiga anotação no livro do tombo consta que nesse mesmo mês, maio de 48, foi erigido um cruzeiro defronte a Igreja São João Batista.
O Hospital Santo Antônio está de certa maneira ligado a vida da Paróquia, pois ele abriga de longa data o abnegado trabalho de assistência médica e religiosa das irmãs missionárias da Consolata bem como os padres dessa congregação que além de atuarem como capelães assistindo aos Enfernos, sempre colaboraram muito com as atividades litúrgicas da paróquia.
Também digno de nota lembrarmos o início das atividades da Ação Católica ocorrida no dia 29 de Junho de 1949, solenidade de São Pedro Apóstolo e Festa do Papa. À tarde em sessão solene num salão da antiga rua do comércio, foi inaugurado o núcleo local da Ação Católica Brasileira sendo apropriada a essa entidade algumas atividades até então já existentes como a Biblioteca Popular Infantil e o Grêmio de moços católicos. Os numerosos membros das associações religiosas e o povo em geral, lotaram completamente o salão demonstrando simpatia pelos oradores e do festival oferecido pelo grêmio.
No dia 08 de Agosto de 1965 a Paróquia recebeu a visita de Nossa Senhora da Ponte, padroeira da Diocese. Foi uma data muito festiva, as associações religiosas e o povo em geral receberam a imagem na entrada da cidade, conduzindo-a em procissão até a Matriz onde foi celebrada uma missa às nove horas, as irmandades fizeram cada qual sua hora de guarda diante da virgem e os paroquianos mais bastados puseram a disposição caminhões e carros para o acompanhamento de volta a Sorocaba.
Pra onde caminhava essa Igreja bem comportada socialmente falando, apoiada nas práticas religiosas de suas irmandades? Era uma igreja missionária, sem dúvida alguma, porém muito fechada em si mesma, nos seus ritos, nos seus sacramentos e na conversão pessoal dos seus membros. Novos tempos estavam por chegar...

Surge uma nova Igreja

DOS APELOS DO CONCÍLIO
SURGE UMA NOVA IGREJA

A história de nossa paróquia tem dois períodos bem distintos, o primeiro é esse, cujo perfil em notas bem resumidas tentamos descrever no texto anterior, o segundo começou com as renovações do concílio do Vaticano II que traria aos cristãos uma nova consciência despertando a igreja para o seu papel no mundo.
Poderíamos dizer que já em 1968, ainda tendo por vigário o Padre Luiz Trentini, as reformas do concílio trouxeram as primeiras mudanças na organização da vida paroquial. Numa reunião realizada no primeiro domingo do ano, foi constituído um conselho com membros escolhidos das diretorias, das associações religiosas e das conferências vicentinas visto que nesse setor o padre vigário tinha encontrado grande apoio e freqüência ao chamados dos leigos.
Nessa reunião discutiu-se uma forma de melhorar a administração dos sacramentos do Batismo, Matrimônio e Primeira Eucaristia. Limitou-se o número de crianças no catecismo, dividindo-se em dois grupos separados por semestres. Eram os primeiros passos do envolvimento do leigo na vida paroquial caminhando-se para uma comunhão mais autêntica, de vida e de trabalho.
Em março de 1967 teria início a construção da tão sonhada nova matriz e dois anos mais tarde, o Padre Luiz Trentini deixaria expressa sua alegria de apostolado fazer essa anotação no livro do tombo. No dia 04 de março comemoramos com orações em ação de graças o segundo aniversário do início dos trabalhos da construção da nova igreja que já vai bem adiantado, contamos com a ajuda de Deus, poder celebrar lá, as festas do Santo do Natal. De modos que agradecemos ao Senhor, que o nosso sonho, graças ao esforço dos paroquianos, seja hoje uma realidade. A comissão dos trabalhos tem quer ser elogiada, pois lá está a olhos vistos o esforço que empreenderam. Há muitos comentários, calúnias e aborrecimentos por parte dos que nada fizeram, mas a verdade é que ela lá está, grande, ampla, majestosa. O que carecíamos era de esperança e isso há bastante. Acreditamos que, com a renda da festa do padroeiro em 1970 possamos concluí-la...
Na vida de nossa paróquia, em momento algum poderíamos esquecer do trabalho corajoso e edificante desempenhado pelos missionários da Consolata ao longo de 23 anos e dois meses de pastoreio, foram eles sem dúvida alguma que abriram sulcos nessa terra íngreme lançando a semente da palavra de Deus, desde o Padre Zeferino Fastro até o Padre Luiz Trentini, quanta luta quantos sacrifícios, quantos obstáculos foram superados, muitas vezes até com lágrimas para implantar-se definitivamente em Votorantim a Igreja de Cristo.
Padre Luiz Trentini foi o último missionário a deixar aqui a sai marca. O jornal Paroquiação, ao narrar um pouco à história da Comunidade São João, dedicou algumas linhas a sua obra missionária:
“O seu busto ergue-se majestoso, a entrada da praça que leva o seu nome, as gerações mais novas talvez passem indiferentes, porém aqueles que tiveram a felicidade de conhecê-lo, ao passarem por aquele monumento, sabem que o verdadeiro busto desse emérito sacerdote está mais adiante no prédio que projeta suas linhas arrojadas para o alto e que foi o grande sonho de toda a comunidade, realizado sob a coordenação desse zeloso ministro de Deus e abnegado missionário. A ele e a todos os demais missionários da Consolata, deixamos nessas anotações históricas a nossa perene gratidão.”

Jornal Paroquiação-Maio de 1987



A Família Vicentina no Brasil

A Sociedade de São Vicente de Paulo faz parte de uma grande família espiritual, a Família Vicentina. Trata-se de um conjunto de congregações, organismos, movimentos, associações, leigos e religiosos, que, de forma direta ou indireta, prolongam no tempo o carisma vicentino; sejam eles fundados ou não por São Vicente de Paulo. No mundo existem mais de 165 Ramos da Família Vicentina.
De acordo com o grau de afinidade de cada ramo, a Família Vicentina tem como herança uma acentuada orientação para o serviço aos pobres, espiritualidade baseada em São Vicente de Paulo, com ênfase na caridade concreta e prática, vivida com humildade.
A família vicentina tem procurado intensificar os laços de carisma vicentino à luz dos apelos de hoje, além de empreender projetos conjuntos de serviço aos pobres, em conformidade com seus novos e atuais clamores.
Sob a coordenação de uma equipe nacional e de equipes regionais, a Família Vicentina no Brasil deseja ser uma instancia de serviço aos pobres dentro da igreja. Atualmente, são conhecidos no país, oficialmente, 23 ramos da Família Vicentina.

RAMOS DA FAMÍLIA VICENTINA NO BRASIL
Ø Associação Internacional de Caridades –AIC
Ø Juventude Marial Vicentina.
Ø Associação da Medalha Milagrosa.
Ø Sociedade de São Vicente de Paulo –SSVP.
Ø Associação Padre Giácomo Gusmano.
Ø Associação Luísa de Marillac.
Ø Associação dos Ex. Alunos dos Lazaristas e dos Amigos e Amigas do Caraça.
Ø Associação dos Amigos da Família Vicentina.
Ø Missionários(as) Leigo(as) Vicentinos(as).
Ø Associação da Caridade de São Vicente de Paulo.
Ø Companhia das Filhas da Caridade.
Ø Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret.
Ø Irmãs de São Vicente de Paulo de Gysegem –Servas dos Pobres.
Ø Congregação das Irmãs de Caridade da Mãe de Misericórdia.
Ø Congregação das Irmãs Servas dos Pobres.
Ø Instituto das Filhas de Maria Servas da Caridade.
Ø Instituto das Irmãs de Maria Reconciliadora.
Ø Irmãs da Caridade sob a proteção de São Vicente de Paulo.
Ø Congregação da Missão.
Ø Congregação dos Fráteres de Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia.
Ø Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo.
Ø Missionários Servos dos Pobres
Ø Instituto dos Filhos da Caridade

terça-feira, 21 de julho de 2009

Antonio Frederico Ozanam




MODELO PARA A JUVENTUDE

Fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) nasceu em Milão a 23 de Abril de 1813. seus pais, João Antonio Francisco Ozanam e Maria Nantas (ele, médico), embora não sendo ricos, contavam com recursos de uma família de classe média.
Seus estudos iniciais foram no colégio Real de Lion, dirigido por um sacerdote, embora a maioria dos professores fossem leigos e partidários do materialismo e do ateísmo.
Aos 15 anos, matriculou-se no curso de Filosofia, mas aa convivência com colegas e mestres de tendências materialistas fez com que experimentasse dúvidas de fé, superadas com a assistência de um sacerdote, Pe. Noirot.
Optando por estudar direito, Ozanam transferiu sua residência para Paris, onde passou a freqüentar a Universidade de Sorbone e continuou, no campo das idéias a se debater com as idéias materialistas, então divulgadas pelos jornais estudantis e pregadas em reuniões extra classes.
O ateísmo predominava as mentes da maioria dos alunos e professores da Universidade e os poucos estudantes católicos que a freqüentavam eram ridicularizados e sofriam permanentes e violentos ataques. Diante dessa gravidade, viu-se, então Ozanam compelido a reagir com as mesmas armas. Tratou de reunir alguns jovens para que, juntos, também realizassem encontros para discutir os assuntos do momento e defender e realçar a ação da Igreja Católica. Tais encontros, também chamados “Conferências de História” se transformaram em “Conferência de Caridade”, que depois, com a multiplicação, a Sociedade de São Vicente de Paulo, fundada no dia 23 de abril de 1833.

DEFESA DA IGREJA E A PREFERÊNCIA PELOS POBRES

A maior bandeira de luta de Antônio Frederico Ozanam e que norteou toda a sua vida foi à defesa da Igreja Católica, muito atacada na época pelo ateísmo e materialismo. Para tanto, usou de todos os seus recursos, como jornalismo, literatura e magistério superior. Esteve presente nos grandes momentos da história da França, principalmente na Revolução de 1848.
Na ânsia de modernizar a Igreja, pregava insistentemente uma atenção especial para com os pobres, trabalhadores e sofredores, lançando com isso, as bases da Doutrina Social da Igreja (DSI) implantada mais tarde pelo Papa Leão XIII, com a Encíclica Rerum Novarum.
No seu testamento, há uma síntese dessas idéias e das preocupações com a realidade histórica do seu tempo. De pequena estatura e físico frágil, Ozanam sempre demonstrou uma grande fortaleza espiritual. Rezava muito, glorificando a Deus nas pequenas coisas. Amante da natureza, não se continha em emoções ao contemplar, por exemplo, o mar, para onde ia sempre, por recomendações médicas. Foi esposo dedicado e pai amoroso, muito lamentando não ter podido acompanhar o crescimento e a educação de sua filha.
Escreveu muito, como literato, jornalista e pesquisador. Ozanam faleceu em oito de setembro de 1853 após curta, mas intensa existência.
Foi beatificado em 22 de agosto de 1997. Celebração litúrgica: nove de setembro.

São Vicente de Paulo



PATRONO DE TODAS AS OBRAS DE CARIDADE

Vicente de Paulo nasceu na cidade de Pouy na França, aos 24 de abril de 1581. filho de pobres camponeses, manifestou o desejo e gosto para o estudo. Entrou para o seminário e foi ordenado padre ainda bem novo, com apenas dezenove anos de idade.
O início de sua vida sacerdotal foi marcado por muitas dificuldades e desacertos. Inicialmente, estava muito preocupado em ajudar sua família e em conseguir certa estabilidade financeira. Diante de uma série de fracassos, foi amadurecendo e, sobretudo a partir de 1613, se lançou inteiramente no serviço aos pobres.
Em contato com os camponeses, conheceu o estado de abandono religioso e miséria em que viviam as populações do campo. Percebeu que os pobres tinham necessidades urgentes e que, para ser fiel a Cristo, era preciso servi-los. Começou então, a pregar missões entre os pobres e a fundar diversas organizações de caridade.
Passando a residir em Paris e enfrentando uma época de guerra, confusão política de grandes problemas sociais e de desorganização da Igreja, Pe. Vicente de Paulo passou a se dedicar inteiramente á evangelização e serviço dos pobres. Para esse fim, fundou a Congregação da Missão, e a Companhia das Filas da Caridade. De muitas maneiras e com criatividade, desenvolveu uma intensa ação caritativa e missionária, sempre contando com os padres e irmãos de sua Congregação com as irmãs de Caridade e com muitos leigos e leigas generosos.
Entendia que o pobre é a imagem de Cristo desfigurado, a quem devemos servir. E a Igreja deve estar a seu serviço. Por isso, atuou na reforma da Igreja, sobretudo muito colaborando na reforma do clero.
Faleceu no dia 27 de setembro de 1660, foi beatificado em 1724 pelo Papa Bento XIII e canonizado em 1737.

“Voltemos nossa mente e nosso coração para São Vicente de Paulo, homem de ação e oração, de organização e de imaginação, de comando e de humildade, homem de ontem e de hoje. Que aquele camponês das Landes, convertido pela graça de Deus em gênio da Caridade, nos ajude a todos a pôr mais uma vez as mãos no arado – sem olhar para trás - para o único trabalho que importam o anúncio da Boa Nova aos pobres...”
(João Paulo II)

A SSVP e sua aprovação Pontifícia


A Sociedade de São Vicente de Paulo foi fundada em Paris aos 23 de abril de 1833, por Antônio Frederico Ozanam (hoje Bem-aventurado), e seus companheiros. A finalidade era testemunhar a fé mediante atos concretos de caridade para com o próximo necessitado. Ozanam e Taillandier levaram à casa de um pobre um pouco de lenha para fazer fogo e preparar uma sopa de batatas. Foi o primeiro gesto de caridade destes jovens acadêmicos.
Diante da incerteza sobre quem atender e como assistir, consultaram o professor Emanuel Ba-illy. Ora este conhecia a pessoa e os trabalhos da Irmã Rosalie Rendu, FC, no bairro mais pobre de Paris, Mouffetard. Foi com esta Filha da Caridade que os jovens começaram o aprendizado da caridade, me- diante a visita a domicílio e as primeiras orientações para um exercício efetivo no serviço dos pobres. A pessoa da Ir. Rosalie, a sua expe-riência no contato com as mais diversas categorias de pobres, o seu testemunho de desprendimento e de disponibilidade, incentivaram Ozanam e seus companheiros a empreender esta tarefa de caridade e de promoção humana. Foi assim o início simples e modesto das Conferências Vicentinas.
A atividade da Conferência recebeu apoio e aprovação dos padres e da hierarquia da Igreja. Pois os membros da Conferência se reuniam sob o signo religioso, com respeito e obediência à hierarquia eclesiástica.
Com o seu crescimento e sua expansão fora de Paris e mesmo fora da França, Ozanam esforçou-se por obter a aprovação de Roma, a fim de poder expandir-se em outros países e receber o apoio e a aprovação dos Bispos. E a Providência sorriu para Ozanam, pois ele tinha amizade e correspondência com Dom Bartolomeu Alberto Cappellari, então Prefeito da Congregação da Propagação da Fé (Propaganda Fide). Desde Lyon, Ozanam mantinha contatos com ele e colaborava com esta obra missionária. Em 1831, Dom Bartolomeu A. Cappellari foi eleito Papa e tomou o nome de Gregório XVI. Ozanam e sua esposa Amélia Soulacroix foram agraciados com uma audiência particular do Papa já conhecido há muito tempo.
Por isso, entende-se, porque este mesmo Papa Gregório XVI aprovou o Estatuto das Sociedade de São Vicente de Paulo, com dois Breves: Breve de 10 de janeiro de 1845 e Breve de 12 de agosto do mesmo ano e concedeu as devidas Indulgências próprias para a Sociedade. A aprovação pontifícia reconheceu oficialmente a Sociedade de Vicente de Paulo, como “uma associação de natureza eclesial, mas com caráter leigo, ao serviço da Igreja e da Sociedade”. (Vincentiens aujourd’hui - Animation Vincentienne Nº 79-80, p.48 e Roczniki Wincentynskie, Nº 1, 2003, p. 118). O Breve deu à SSVP plena autonomia na sua organização e na administração dos seus bens patrimoniais, sem nenhuma interferência da hierarquia eclesiástica.
Hoje, a presença da SSVP no mundo, abrange mais de 135 países, atingindo ou ultrapassando um milhão de membros ativos. Os seus membros, leigos católicos de ambos os sexos, adultos, jovens ou adolescentes, tem por objetivo:
- a busca de equilíbrio entre oração e ação (unidade de vida);
- um engajamento pela justiça social;
- um encontro pessoal com os que sofrem, um relacionamento de proximidade;
- realização de diversas atividades em constante adaptação, em colaboração com outros ramos da Família Vicentina ou Entidades afins.
Os seus membros aspiram, em corresponder à sua vocação por uma vida de caridade e de apostolado, isto é: testemunho de sua fé pelo amor pessoal para com os que sofrem. À luz das fontes evangélicas e dos ensinamentos do Vaticano II, e na presença deste mundo atual em que eles assumem a missão como leigos engajados, os vicentinos redefinem a missão própria e as suas aspirações. A SSVP, com todos os seus membros, sentem com a Igreja as novas dimensões da solidariedade universal. Os obstáculos gerados pelas injustiças sociais, as misérias da fome, os sofrimentos do subdesenvolvimento fazem parte da vida dos vicentinos e os interpelam em todos os continentes.
A vocação vicentina não se limita apenas no serviço dos pobres, mas também no conhecimento, aprofundamento e na vivência da espiritualidade vicentina que diz respeito às relações entre a pobreza, a justiça e a caridade. Fala-se hoje que no serviço do próximo e sobretudo dos mais pobres, há uma espécie de “sacramento”que é a proximidade do Cristo sofredor, presente nos pobres.
Lá se situa o centro da espiritualidade vicentina: ela põe à prova aquilo que pode significar a presença de Cristo na Eucaristia, como a sua presença nos pobres.